KRAUT BAR

2016, SÃO PAULO - SP


ARQUITETURA
João Paulo Meirelles de Faria
Juliana Braga
Camila Obniski

EQUIPE
Bruno Manso 

CONSULTORIA DE ILUMINAÇÃO
Rafael Leão

MARCENARIA
Oficina Nó

FOTOS
Filipe Redondo

O bairro de Santa Cecilia, SP, onde está localizado o Kraut, se caracteriza por uma intensa sociabilidade em suas ruas, que são intensamente utilizadas como o lugar do encontro, do comércio e das festas. Novas construções que se estabeleceram recentemente dividem seu espaço com sobradinhos antigos, pequenas lojas e serviços mais tradicionais. Nossa premissa ao projetar o Kraut foi não somente a de preservar essas relações, mas tentar potencializar o contato com a rua, como se o projeto pudesse também animar e contribuir para que essa rede de espaços de encontro se mantenha ativa / viva.

O projeto deveria organizar um bar com poucos recursos, pensado para funcionar tanto de dia como de noite, num único salão retangular de 15m de extensão que conta com apenas a abertura frontal, voltada para uma área externa que se conecta diretamente com a rua.
Nossa proposta procurou definir o espaço do bar com o mínimo possível de elementos: o balcão, a pintura das paredes e a iluminação.
O balcão foi pensado como uma única peça que organizasse o espaço do salão. Ao mesmo tempo que concentra as funções de trabalho e do serviço de bar, é também compartilhado pelo público. Seu desenho mais livre se contrapõe ao volume regular do salão, e ao mesmo tempo pretende criar possibilidades diversas de uso, podendo abrigar grupos de diferentes tamanhos, com um sentido mais coletivo.
A iluminação foi pensada como um elemento mais gráfico, que ocupasse o pé direito alto e mantivesse uma unidade: um conjunto de luminárias que pudesse ser lido como uma peça só, composta de elementos mínimos – fios e lâmpadas – que desenhassem no vazio

A pintura então define estas duas áreas distintas no salão: organiza os volumes, aberturas e alturas numa faixa que aproxima a escala das pessoas, e um vazio, o “espaço aéreo” onde a iluminação é protagonista, mas que também recebe equipamentos e infraestrutura mais técnica.
O mobiliário – mesas, banquinhos e mesinhas - foi desenhado de modo a permitir diferentes arranjos e organizações e proporciona ambientes de caráter mais intimista do que o balcão.